Já pensou em vender seu ouro e não sabe como fazer? Qualquer que seja o motivo, muitas pessoas têm dúvidas sobre como vender suas joias de forma segura.
De acordo com o dicionário, ouro é um “elemento químico, metálico e precioso”. É tão facilmente manuseável e maleável que, com apenas um grama, é possível obter um fio de 3 quilômetros de extensão e 0,005 milímetros de diâmetro, ou uma lâmina quadrada de 70 centímetros de largura e espessura de 0,1 micrômetro.
Há indícios de que o ouro foi o primeiro metal usado pela humanidade. O primeiro artefato foi encontrado em uma tumba egípcia.
Mas, é importante saber um pouco mais ou ter alguns cuidados para você vender seu ouro de forma segura. Acompanhe!
Mas, o que é quilate?
Quando for vender, geralmente é feita uma avaliação, na qual são observados diversos fatores, como o peso, coloração, forma de fabricação, estado de conservação e teor. Dentre estes, o teor do ouro, que é usualmente falado em quilates, é o mais importante.
O quilate, representado pela letra “k”, refere-se a quantidade de ouro existente em uma liga. Uma peça de ouro puro possui 99,99% do metal em sua formação, somando 24 partes. Portanto, uma peça de 24 quilates é a mais pura.
Quando a quilatagem se refere a materiais como o diamante, um quilate representa uma massa de 200 miligramas. Quando o assunto é ouro, o quilate representa a pureza do metal e não a massa.
As joias mais valorizadas são aquelas a partir de ouro 18k (75% de ouro). Abaixo desse número, são ligas metálicas fundidas com ouro. Cordões de 24k, por exemplo, podem render ainda mais retorno financeiro, já que é a quilatagem mais pura de todas.
Aqui no Brasil o teor do ouro geralmente utilizado para a confecção de Jóias é o 18K (ou 18 quilates). Isso quer dizer que o 18K possui 75% de Ouro e 25% de liga.
Há ainda o ouro branco, geralmente composto de ouro, prata e paládio. Nesse caso, quando for 18k (18 quilates), significa que possui 18 partes de ouro e seis de outros materiais.
Como já dissemos, além do teor (ou pureza do ouro), outros fatores também deverão ser observados no momento da avaliação como estado de conservação, coloração, método de fabricação, entre outros. Por isso, é importante conhecer um pouco mais a fim de facilitar a avaliação e não se confundir na hora de vender.
Como saber se o Ouro é 18k ou 24k?
Muitas pessoas ainda se baseiam em verificar a inscrição da quilatagem na própria joia. Mas, esse método não é 100% confiável e, ainda assim, é necessária uma avaliação para comprovar a veracidade da informação.
Outras pessoas utilizam o famoso teste da mordida para verificar se a peça é realmente de ouro ou não. Mas esse teste também pode enganar você, uma vez que peças folheadas também podem deixar marcas dos dentes, fazendo com que pareça ouro. Além disso, e áreas mais desgastadas apresentarem outra coloração, também é possível que seja ouro falso.
A densidade do produto é um bom teste. Quanto mais denso, mais partes de ouro a joia contém. Uma maneira mais efetiva é arrastar sua joia em um prato de cerâmica. Se a louça ficar com um risco preto, não é ouro. Se for uma marca dourada, é ouro.
Mas, para se ter certeza, a melhor maneira é fazer uma avaliação com um especialista.
Amarelo, branco ou rosé, qual Ouro vale mais?
Como já afirmamos, além do teor, outros fatores também deverão ser observados no momento da avaliação, entre eles, a coloração.
O que determina a coloração do ouro são os metais que formam a liga junto com ele. Portanto, o ouro branco acaba sendo mais caro, já que sua composição inclui outro metal nobre, o paládio, além da prata.
Em seguida, vem o ouro amarelo, considerando a quilatagem acima de 18k. Por fim, o rosé é misturado com metais como prata, bronze, ganhando uma coloração específica.
Por este motivo, saber um pouco mais sobre a coloração, e qual é mais valorizada, talvez faça bastante diferença para você na hora de vender.
Folheado ou banhado: é bom para vender?
Joias folheadas são aquelas que, durante a produção, recebem uma folha fina de ouro por cima do metal que compõe a peça.
O termo “folheado” está diretamente relacionado ao acabamento da joia. Neste caso, sua estrutura é feita de níquel, prata, cobre ou outras e, por meio de um processo de compressão, a folha de ouro é fixada na peça. Naturalmente, quando este processo é feito com ouro amarelo, o resultado é uma peça dourada, prateado (referindo-se a cor) no caso do ouro branco e rosado no caso do ouro rosé.
Assim como no folheamento, o processo de “banhar uma joia” também está relacionado ao seu acabamento. A diferença é que neste caso a estrutura da joia recebe primeiramente uma camada de metal (cobre, bronze, etc) e depois é banhada numa mistura de sais de ouro, prata ou ródio. Essa segunda mistura se encontra em um tanque por onde passa uma corrente elétrica e ela é responsável por percorrer o metal líquido e se fixar na liga que forma a joia.
As duas opções fazem com que seja possível diferenciar uma semijoia de uma bijuteria. Entretanto, hoje em dia o processo de folheação é bem mais obsoleto. A maioria das marcas que vendem semijoias, optam pelo processo do banho.
Infelizmente esse tipo de peça não tem valor para revenda no mercado de compradores de ouro, pois o valor de mercado prioriza peças feitas em ouro e não apenas banhadas ou folheadas. Vale lembrar que o peso da joia impacta diretamente na avaliação, e que está de acordo também com sua quilatagem.
Quanto vale a grama do ouro?
O preço do ouro no Brasil é vinculado às cotações de Nova York e Londres sofrendo influência direta das perspectivas do mercado interno e da cotação do dólar.
O valor do grama do ouro está sempre atualizado e tem como fonte o Banco Central do Brasil.
Sendo assim, agora que você entende um pouco mais sobre o ouro, já pode pensar em vendê-lo com mais segurança. Lembrando que a melhor maneira de saber se a sua joia é de ouro, e a quilatagem, é realizando uma avaliação.
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